sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Viver de verdade


Viver de verdade é seguir seu mapa interno.
Não é necessário se curvar a nenhum padrão, mas simplesmente, entrar em contato com o próprio ser e perceber aquilo que nos faz sentir vivos.
Lembro-me de um fim de tarde em Paris, onde eu estudava. Eu voltava de uma caminhada e parei para admirar o rio Sena. De repente, tive a percepção de como aquele momento era único e precioso. Um sentimento de gratidão e de alegria tomou conta de mim. Eu estava no lugar certo, na hora certa, fazendo a coisa certa. Nada a dizer. Tudo a viver.
Esse momento ainda está comigo, assim como muitos outros, onde estive, de fato, presente. É fácil perceber a diferença. pois há tantas outras ocasiões em que ficamos apenas "cumprindo"  algo, representando um papel, fazendo de conta que estamos nos divertindo ou nos interessando, quando na verdade... a alma está longe, em outro lugar.
Acho que resgatar a alegria de viver é retomar contato com essa alma, que de tanto "cumprir" se esquece de existir e de cantar. É perguntar a ela: "E, então? O que te faz feliz?"
Afinal de contas, o que pode ter mais importância na vida do que andar pelos caminhos que importam, que são signifcativos, descobrindo atalhos, veredas e guias que desvendam passagens nunca antes imaginadas? E como fazer esses percursos se nos limitarmos a repetir, sem sentir emoção alguma,  a trilha de alguém que já fez, nos arrastando por um trajeto que não é nosso?
Viver de verdade, para uma mulher. é descobrir dentro de si uma guerreira, que pode enfrentar intempéries e, mesmo na turbulência, se perceber pronta para amar.

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