segunda-feira, 26 de março de 2012

Uma palavra, muitos sentidos

Falo tanto do Sonho que acho que é preciso dar uma explicação.
E a razão disso é muito simples: a palavra sonho goza, em geral, de má reputação.
O sonho é a ilusão, o autoengano, o devaneio, o pensamento esparso, disperso sobre algo irrealisável.
Quando dormimos, sonhamos. E quantas vezes não se diz: "Ah, os sonhos são tão confusos! Não consigo lembrar de nada!"
O sonho é fluido, é múltiplo como a personalidade, um tipo de desejo idealizado que muda de forma e de cor o tempo todo. Por isso, nos dizem: "Não se pode confiar nos sonhos, eles provocam sofrimento."
Os pais, para protegerem seus filhos, ensinam que a vida é dura, que é preciso ter os pés fincados na realidade e deixar de lado "idéias impossíveis".
Outro dia, ouvi a seguinte frase expressa com a mais pura intonação de orgulho: "Eu não tenho sonhos!"
Na verdade, o mundo não quer alguém sonhando acordado, no mundo da lua no meio do expediente e isso é claro!
Então, por que, de uma hora para outra, falar de sonho e proclamar a sua importância?
Porque a noção de Sonho da qual falo nasceu da leitura do livro (que eu recomendo) "A Escola dos Deuses", onde o autor, Stephano d'Anna, narra seu encontro e aprendizado junto a seu Mestre, o Dreamer. Assim, embora a palavra seja a mesma, o sentido é completamente diferente. Mas isso fica para uma próxima postagem... Suspense!

sábado, 24 de março de 2012

Sonho

Vamos deixar de lado os comentários corriqueiros sobre os eventos do dia, os assuntos rotineiros que escondem o fundamental.
Vamos falar da vida e da morte, do som e do silêncio, da paz e da angústia, da dor e da alegria, sem falsos pudores, sem alegorias.
Vamos falar do Sonho que acalentamos, não como se ele fosse
algo que "gostaríamos se houvesse a possibilidade", que "escolheríamos se nos fosse concedida a oportunidade", mas como algo essencial, visceral, a que se almeja, que se deseja, que avança, que se alcança.
Afinal, por sua grandeza e por sua natureza imaterial o Sonho se eleva acima dos pares de opostos, guiando o sonhador através da noite escura, fazendo-o vislumbrar o inimaginável e descortinar territórios incomuns.
Para fazer esse percurso, cheio de aventura e beleza é preciso ter coragem. É preciso despertar o sonhador dentro de nós.
Redescoberto, ressurge o encanto e deslumbramento que um dia sentimos quando crianças. E assim, renascidos e rejuvenescidos vamos falar do Sonho e depois...vamos vivê-lo! 

segunda-feira, 19 de março de 2012

 Essencial

Não ligo para moda
Eu só quero é ser bonita

Não ligo para o modo
Eu só quero é ser amada

Enquanto houver um rio
Que eu o atravesse a nado

Enquanto houver uma árvore
Que eu repouse à sua sombra

Livremente.
Muito além do conveniente.