sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo

Mais um ano, mais uma passagem, milhares de pessoas unidas fazendo votos de sucesso. Isso é bom. Gosto de pensar naquilo que foi vivido nos 365 dias precedentes, ponderar com generosidade perdas e ganhos. E agradecer. Muito. Sempre. É sempre bom agradecer, se dar conta de tudo o que temos. Geralmente, me pego angustiada pelo que ainda almejo conquistar. Olhar e constatar o caminho já feito é um bom começo, o melhor começo possível. 
Ouço todos dizerem que cada ano passa mais rápido, que o tempo está acelerado, etc e tal. Para mim, 2011 passou no ritmo certo. As experiências externas e internas se associando num ballet incomum. Avancei nos processos de autoconhecimento, resgatei pedaços meus há muito abandonados, descobri uma sabedoria que desconhecia. E os eventos de "fora" foram se tornando complementos daquilo que minha consciência consegue abarcar. Não foi sempre fácil, mas foi verdadeiro e intenso e eu faria tudo de novo.
Nunca entrei tão serena em um "ano novo". Não preciso inventar projetos. Eles já existem. Não preciso criar desculpas. Sou 100% responsável pelo que ocorre. Vou avançar no meu passo, viver om integridade, vencendo o desafio de receber tudo e todos no coração. Feliz 2012. Felicidade a todos os seres do universo!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Um outro Ho'oponopono

Há pessoas fantásticas no mundo. Contou-me uma aluna sobre sua avó, senhora portuguesa que, após estabelecer-se no Brasil, decidiu chamar amigos e parentes. Durante anos ela recebeu, abrigou, tratou e alimentou uma grande quantidade de imigrantes. Por ocasião de sua morte, pessoas que minha aluna nunca havia visto, estavam presentes e agradeciam a senhora graças à qual haviam sobrevivido e se instalado satisfatóriamente neste país.
Ouvir histórias assim é um presente. Faz a gente enxergar todo o bem que é feito anonimamente, toda grandeza que pode existir em um ser humano. Eu me pergunto por que não falamos mais sobre pessoas assim, por que preferimos histórias de traição e não de integridade e bondade.
Segundo o ho'oponopono somos 100% responsáveis por tudo o que sucede, Assim, diante do negativo,  pedimos perdão e enviamos amor. Então, diante do positivo podemos nos lembrar que também somos cocriadores e podemos escolher reverenciar, admirar e reconhecer esses aspectos dentro de nós. Não sei o que o Dr Len acharia, mas proponho um outro ho'oponopono. "Eu admiro. Eu reconheço a grandeza. Eu te amo. Obrigado."
Gentilmente, vamos resgatar, abraçar nossa própria luz. Não há razão para não nos descobrirmos, a cada dia, mais iluminados.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Um outro Ho'oponopono

Muitos dos presentes que ganhamos são imateriais. Ouvi uma história fanstástica. Uma aluna qme contou que no enterro de sua avó havia muitas pessoas que ela jamais tinha visto e que debruçavam sobre o caixão e diziam que lhe deviam muito,que graças a ela estavam vivos. Pois essa gentil senhora portuguesa veio ao Brasil e após ter se estabelecido com sucesso passou a chamar seus parentes e amigos, os quais acolia dando alimentação e abrigo. Diariamente, cerce de 50 pessoas que almoçavam em sua casa. Muitos dormiam lá e aram auxiliados até instalarem e s encontrarem em uma situação mais confortável.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Esfinge interior


A intensa poesia de Ana Amorin descreve com perfeição os caminhos (e descaminhos) de avançar corajosamente para ser cada vez mais consciente. Decifrar-se para sobreviver. Sobreviver à banalidade, ao esquecimento, ao cotidiana que nos cega e se sobrepõe à alma.
Decifrando-nos podemos resgatar nosso poder pessoal e optar por uma vida mais autêntica e significativa. Ah, mas há um preço a  pagar... Jornadas interiores são jornadas de heróis. E por que ser menos do que isso?


A que destino nos levam nossas incertezas?
Como sabê-lo,
se sequer compreendemos se há um destino traçado,
ou se o desenhamos caprichosamente
com os nossos passos.

Ou com a ausência deles,
quando a incerteza nos invade
e os contornos ficam borrados,
quando olhamos no espelho e nos surpreendemos
por não reconhecermos a própria face.

E assim sendo,
tão pouco reconhecemos a face alheia
por mais que antes a tivéssemos clara
de tanto repassá-la na lembrança,
reavivando-a a cada sonho e a cada devaneio.

Mas há um engano!
Esquecemos que participamos
de um baile de mascarados
e que pretenciosamente supomos conhecer
o que se esconde por detrás das máscaras.

Decifra-me ou devoro-te, desafia a esfinge
desafia o olhar envolto no mistério,
desafia  a dor e o desejo de um homem,
o corpo trêmulo, a respiração ofegante,
a própria imagem refletida no espelho.


Decifra-me ou devoro-te, impõe minha alma,
o passado, a vida, meu inconsciente,
meu corpo de dor, teu corpo de dor
em coro dizem prá mim
decifra-me ou devoro-te!


Para nós, homens pela metade
meias mentiras, meias verdades,
de tudo um pouco, muito do nada,
do amor só o rastro, do sonho o gosto,
da completude o desgosto por tanta ilusão!




Ana Stancato Amorin

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Viajando dentro das sombras

Não dá para negar. Todos temos algum aspecto que nos desagrada. O que fazer diante disso?
Decidi enpreender a viagem,  caminhar por dentro do que me incomoda. Cansei de fingir, fugir. A força, o equilíbrio sugem quando estamos mais conscientes de nós mesmos e essa consciência é o resultado de uma integridade, não apenas moral, mas espiritual.
Estarmos inteiros, com nossas dúvidas e verdades,  vitórias e fracasssos,  acertos e erros. Percebo sempre mais nitidamente que cada suposto defeito contém uma qualidade que lhe é inerente. Como lutar por seus ideais sem ter alguma agressividade? Como avançar no mundo se a criatividade foi colocada na caixa do que é aceitável? Onde fica a alma daqueles que se deixaram domesticar totalmente?
Não. Um pouco de rebeldia é saudável. Dizer sim à vida e dizer não às normas. Dizer sim a si mesmo, inteiramente. Sim aos sonhos e sim aos medos. Pois, se eles estão lá, algo estão sinalizando: os caminhos que evitei, as dores que não quis sentir, as raivas que fingi não ter... Olhar para si mesmo sem recusar nenhum aspecto é uma grande aventura. Exige coragem e recursos internos, impõe limites e enigmas. É o espaço do desconhecido. Quem sou eu diante daquilo que me desafia?
Decifrar-se para não mais apenas sobreviver nas cinzas dos sentimentos enterrados e mantidos calados por meio de acalantos materiais, mas viver, plenamente, e respirar a plenos pulmões!

domingo, 27 de novembro de 2011

Ho’oponopono
Às vezes, acordo com um pensamento em minha mente. Pode ser a palavra que faltava para eu terminar uma tradução ou algum tipo de orientação. Outro dia, ao despertar, senti que não deveria levar meu filho à escola. Assim fiz. Aprendi a respeitar essas intuições sem discutir. O exemplo mais convincente ocorreu no dia do meu casamento. Acordei com a seguinte frase na cabeça: “Telefone para o padre Cláudio.” Liguei e descobri que o Padre havia perdido a agenda e não fazia a menor idéia que deveria nos casar naquela noite. Graças a esse telefonema tudo deu certo.
Há uma semana acordei com a palavra Ho’oponopono na cabeça. Indiscutivelmente, não é uma palavra banal. Quando tomei contato com esse sistema confesso que me pareceu muito estranho. No entanto, a história do Dr Ihaleakala Hew Len cria impacto suficiente para fazer refletir a respeito. Ele realizou algo impensável: curar doentes de um hospital de criminosos doentes mentais sem vê-los. É tão inusitado que merece verificação.
Nas palavras do Dr Ihaleakala:  “Quando eu trabalhava no hospital psiquiátrico e examinava as fichas dos pacientes eu sentia dor dentro de mim. Era uma memória compartilhada. Era um programa que fazia com que os pacientes agissem como agiam. Eles não tinham controle. Estavam presos em um programa. Enquanto eu sentia o programa, eu ia fazendo a limpeza.” 

Em Havaiano, Ho'o significa “causa”, e ponopono quer dizer “perfeição”, portanto Ho’oponopono significa “corrigir um erro” ou “tornar certo”. De acordo com os antigos havaianos, os problemas são originados por pensamentos contaminados e memórias dolorosas. Praticar o Ho'oponopono seria uma forma de liberar a energia estagnada. Para tanto, são usadas as chaves mentais: “Sinto muito. Perdoe-me, por favor. Obrigada. Eu te amo.
Ele é um processo para resolver problemas, feito internamente. E se baseia nos princípios abaixo, citados no livro “Limite Zero”, de Joe Vitale:

1. O universo físico é uma manifestação dos meus pensamentos.
2. Se os meus pensamentos são destrutivos, eles criam uma realidade física destrutiva.
3. Se os meus pensamentos são perfeitos, eles criam uma realidade física repleta de AMOR.
4. Sou 100% responsável por criar o meu universo físico do jeito como ele é.
5. Sou 100% responsável por corrigir os pensamentos destrutivos que criam uma realidade
enferma.
6. Não há o lá fora. Tudo existe como pensamentos na minha mente.

O fato é que depois do espanto inicial de ter resgatado o Ho’oponopono de alguma parte do meu cérebro, perguntei a mim mesma o que fazer com essa orientação matinal: “ Peça perdão para o seu corpo.” Obedeci. Durante toda a semana, sempre que me lembrava usava as chaves mentais: “Sinto muito. Perdoe-me, por favor.Obrigada. Eu te amo.
Surpreendentemente, (não sei por que ainda me surpreendo!) comecei a me sentir fisicamente muito melhor, com um conforto renovado e, sobretudo, parei de apertar os dentes dormindo. Constatei que muitas vezes desrespeitei a saúde de meu corpo com alimentos errados, poucas horas de sono, sobrecarga de trabalho. Como é que podemos nos esquecer de dar amor à nós mesmos, de nos cuidarmos com o carinho que merecemos?

Não compreendo ainda por quais caminhos funciona a cura pelo Ho’ oponopono, mas não faz mal. Não é um processo mental, mas uma vivência, uma percepção íntima de que não há limites e que a separação é ilusória. Funcionamos integrados. Quando nos fragmentamos os problemas começam. Por que não tentar o sistema havaiano para caminhar para a solução?

Fontes de pesquisa:



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Não quero.
Nossa sociedade privilegia a negatividade. Programas de televisão que exploram minuciosamente os casos policiais, reality shows em que vemos pessoas brigando têm audiência garantida. O fato é que desde crianças ouvimos lamúrias de vários tipos e em vários tons. As discussões sobre os descalabros da política, as dificuldades nos relacionamentos, as censuras dos pais por não sermos exatamente o que eles tinham em mente... Em poucos anos aprendemos a “colecionar o negativo” e esquecemos de agradecer ou valorizar o positivo. 
Assim, já adultos, nós nos tornamos detectores eficientes de tudo o que não queremos.  Mas, esse processo, muitas vezes torna-se inutilmente acusatório. “Eu não quero que você chegue tarde. Eu não quero que meu filho brigue na escola. Eu não quero que meus amigos fiquem distantes. Eu não quero ser obrigada a cumprir sempre os mesmo rituais dominicais”, etc. Pronto: ingredientes perfeitos para se compor uma sopa muito indigesta. Primeiro,  só vemos o que não queremos. Segundo, não temos poder nenhum, pois somos “vitimas”.
A identificação do negativo tem que ser uma etapa em direção aquilo que queremos. É importante sim, enxergar, perceber as mudanças na vida que se fazem necessárias. Mas, cuidado com os “ não quero...” eternos. Eles podem aprisionar. No fundo, são desculpas, pois não nos obrigam a fazer nenhuma mudança, já que o culpado é o outro. E quando o negativismo se torna constante paramos de acreditar que podemos transformar, paramos de sonhar.  Para agir temos que ser criativos. E não há criatividade em reclamações repetidas e em crenças sombrias.
Quero!
Quando se identifica algo que não é bom, é preciso passar rapidamente para a fase do “quero”. Vamos pegar um exemplo exagerado. Alguém que reclama para si mesmo: “Não quero mais ter essa vidinha sem sentido. Estou sempre só e não faço nada de diferentes nos finais de semana!”
Passar seus dias repetindo mentalmente essa frase só terá o efeito de cristalizar esses pensamentos e dar-lhes força suplementar, criando a sensação de estar sem saída. Existe a consciência do não desejo, mas o desejo está submerso na descrença e na desistência. A solução é agir na criação: “Quero muito fazer algo diferente neste fim de semana. Selecionei essa peça de teatro. Vou convidar um amigo. Acho que vai ser muito legal.”
No fundo, o fato de poder imaginar, sonhar algo diferente já é uma saída. É a liberdade mental de estabelecer o novo, de sair do lugar conhecido e arriscar novos passos em direção ao desejo. Ninguém sabe o que poderá acontecer. Mas, a sensação de estar tomando para si a direção do seu destino é única. É o reino do quero, do gosto, do desejo e faço. Reino de infinitas possibilidades.


domingo, 6 de novembro de 2011

O caminho do coração

“Qualquer caminho é apenas um caminho e não constitui insulto algum - para si mesmo ou para ou outros- abandoná-lo quando assim ordena o seu coração. Olhe cada caminho com cuidado e atenção, tente-o tantas vezes quantas julgar necessárias... Então, faça a si mesmo e apenas a si mesmo, uma pergunta: Possui esse caminho um coração? Em caso afirmativo, o caminho é bom. Caso contrário, esse caminho não possui importância alguma.” 
                                                                      Don Juan - Carlos Castaneda

 Viver de verdade, seguir o caminho do coração... Podem existir conselhos mais preciosos?
Mas, o fato é que muitas vezes eles permanecem como palavras bonitas em um cotidiano onde a prática habitual é fazer o que os outros fazem, não se consultar, ceder ao medo. Qual é o antídoto? Uma boa dose de autoconsciência e muita vontade de ser feliz.
Tenho uma amiga que decidiu viver segundo a orientação de Don Juan.
 Ela se pergunta tantas vezes quantas forem necessárias qual é o caminho do coração. E isso inclui escolher o sabor do sorvete que quer tomar! Parece loucura, mas é um sinal de sanidade. Afinal, ao invés de viver mecanicamente, ela se ouve. E isso já é muito bom.

sábado, 5 de novembro de 2011

Ciranda de ideias

"Quando uma pessoa vive de verdade, todos os outros também vivem. Esse é o princinpal imperativo da mulher sábia. Viver para que os outros também se inspirem. Viver do nosso próprio jeito vibrante para que outros aprendam conosco." (Clarissa Pinkola Estés - A Ciranda das Mulheres Sábias)

Qua a cada dia posssamos manifestar o mais fielmente possível aquilo que ressoa dentro do seu Ser.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Viver de verdade


Viver de verdade é seguir seu mapa interno.
Não é necessário se curvar a nenhum padrão, mas simplesmente, entrar em contato com o próprio ser e perceber aquilo que nos faz sentir vivos.
Lembro-me de um fim de tarde em Paris, onde eu estudava. Eu voltava de uma caminhada e parei para admirar o rio Sena. De repente, tive a percepção de como aquele momento era único e precioso. Um sentimento de gratidão e de alegria tomou conta de mim. Eu estava no lugar certo, na hora certa, fazendo a coisa certa. Nada a dizer. Tudo a viver.
Esse momento ainda está comigo, assim como muitos outros, onde estive, de fato, presente. É fácil perceber a diferença. pois há tantas outras ocasiões em que ficamos apenas "cumprindo"  algo, representando um papel, fazendo de conta que estamos nos divertindo ou nos interessando, quando na verdade... a alma está longe, em outro lugar.
Acho que resgatar a alegria de viver é retomar contato com essa alma, que de tanto "cumprir" se esquece de existir e de cantar. É perguntar a ela: "E, então? O que te faz feliz?"
Afinal de contas, o que pode ter mais importância na vida do que andar pelos caminhos que importam, que são signifcativos, descobrindo atalhos, veredas e guias que desvendam passagens nunca antes imaginadas? E como fazer esses percursos se nos limitarmos a repetir, sem sentir emoção alguma,  a trilha de alguém que já fez, nos arrastando por um trajeto que não é nosso?
Viver de verdade, para uma mulher. é descobrir dentro de si uma guerreira, que pode enfrentar intempéries e, mesmo na turbulência, se perceber pronta para amar.