segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Frases que fazem a diferença

 

Neste último dia de 2012, por que não apreciar a sabedoria de homens e mulheres que iluminaram o mundo?

Um pequena seleção de pensamentos de grandes almas:

 
“Qualquer caminho é apenas um caminho e não constitui insulto algum - para si mesmo ou para ou outros- abandoná-lo quando assim ordena o seu coração. Olhe cada caminho com cuidado e atenção, tente-o tantas vezes quantas julgar necessárias... Então, faça a si mesmo e apenas a si mesmo, uma pergunta: Possui esse caminho um coração? Em caso afirmativo, o caminho é bom. Caso contrário, esse caminho não possui importância alguma.”
(Don Juan - Carlos Castaneda)


"Quando uma pessoa vive de verdade, todos os outros também vivem. Esse é o principal imperativo da mulher sábia. Viver para que os outros também se inspirem. Viver do nosso próprio jeito vibrante para que outros aprendam conosco."
(Clarissa Pinkola Estés - A Ciranda das Mulheres Sábias)

 
"O que mais surpreende é o homem, pois perde a saúde para juntar dinheiro, depois perde o dinheiro para recuperar a saúde. Vive pensando ansiosamente no futuro, de tal forma que acaba por não viver nem o presente, nem o futuro. Vive como se nunca fosse morrer e morre como se nunca tivesse vivido."
                (Dalai Lama)


"Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes. Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos amedronta.
Nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e incrível?
Na verdade, quem é você para não ser tudo isso? Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada brilhante em encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de você. E, à medida em que deixamos nossa luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas  a permissão para fazer o mesmo.” (Nelson Mandela)
 
“É essencial que a pessoa primeiro aprenda a cantar plenamente sua própria canção e então, como parte de suas necessidades humanas, encontre uma maneira de expressar sua relação com os outros, ou com a raça humana. Só desta maneira atuamos e vivemos como um todo coerente e assim fortalecemos e mobilizamos nossa própria capacidade de autocura.”
(Laurence Leshan)
 
"Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro do seu coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda."
(Jung)

                                                                       
                 
 

 
 

sábado, 29 de dezembro de 2012

FINAL DE ANO

Para viver o Novo precisamos romper velhos acordos.


Não nos lembramos, mas em algum momento e lugar no passado, firmamos acordos que permanecem inegociáveis com pais, irmãos, qualquer pessoa que tenha tido maior relevância na nossa vida. Também não nos lembramos de como construimos histórias nas quais somos personagens que fazem sempre o mesmo papel. E é muito perturbador quando histórias e acordos começam a se revelar para nós.
A verdade é que  para mudarmos o rumo de nossas vidas não basta declarar no dia 31 a lista de  nossas boas resoluções. Para que elas se materializem deve haver uma harmonia, uma convergência entre o que é falado - e que meu ego acredita naquele momento ser verdadeiro - e meu eu profundo, meus processos inconscientes.
Se os acordos de infância, as premissas segundo as quais vivemos forem contrariadas, continuaremos a não cumprir o que dizemos desejar agora.
Felizmente, diversas linhas de terapias podem auxiliar a trilhar o caminho de volta para casa. Entre aquelas que não são tão conhecidas, cito Bert Hellinger que desenvolveu o conceito de "Constelações Familiares" segundo o qual criamos uma lealdade (inconsciente) a padrões de comportamentos existentes em nosso "clã" mesmo quando estes nos são claramente prejudiciais. Já o Xamanismo compreende as doenças físicas e psicológicas como o resultado de  Energia aprisionada, o que ocorre quando nos encontramos diante de uma situação traumática.
De qualquer forma, existem meios que tornam possível resgatar pedaços de nós perdidos pelo caminho. Para tanto é preciso que esses aspectos nossos sejam reconhecidos e se tornem conhecidos.
Assim, parar fazer o Novo, para viver o Novo precisamos romper velhos acordos. Rasgar antigos contratos que preconizam comportamentos que não nos cabem mais, que dividiam o mundo e o sucesso nos agraciando com uma fatia mínima, que estipulavam que para existirmos precisávamos dos olhos dos outros.
Então, antes de fazer a tradicional lista de desejos para 2013, faça uma lista anulando todos esses acordos indesejáveis e queime.
Sinta que sua alma ganhou espaço, que agora é toda sua e assim, preecha-a com seus mais lindos sonhos. Acrescente uma simples e definita cláusula: que eles se manifestem MESMO na sua realidade.
Sejamos felizes!

RITO DE PASSAGEM


Estou sentada dentro do meu aquário vendo as nuvens passarem.

Lá fora, chove e depois faz sol. Atenta ao movimento dos astros, me enterneço.

Sou visitada por pássaros, borboletas e até um eventual urubu. Vêm e vão. Comigo, permanecem apenas as plantas e os animais domésticos, domésticos como eu.

Mas abaixo de toda essa aparente calmaria existe uma selvagem belicosa, ansiando por grandes espaços e montanhas rudes, por cachoeiras de água gelada e animais que não se curvam ao homem. Coisa que São. Essa porção intacta se esforça para ganhar terreno em um mundo codificado entre o bem e do mau, o certo e o errado, o bonito e o feio... e ir além dele. A cada dia, secretamente, eu me preparo para subir as escadas, saltar os muros e avançar. Esse ser beligerante não pode ser contido entre quatro paredes nem em lugar nenhum. Meus objetivos, meus projetos de ano novo? Ir Mais Longe, mais longe até do que jamais imaginei. Reúno energia para romper com o passado e despir roupas antigas que me impedem de respirar, as tais lealdades à tristeza, ao modesto, ao diminuto.

Os grandes espaços me chamam. E eu, peço ao universo que me estenda a corda e puxe. Estou agarrada a ela e pronta para começar a jornada. Agora.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012


                Carta aberta ao Nibiru


 
 
Prezado Nibiru

No momento, você é uma celebridade. Aproveite enquanto é tempo, pois pelo jeito sua fama não vai durar muito. Segundo dizem, sua passagem vai causar uma série de desastres em escala planetária: terremotos, tsunamis, vulcões, catástrofes de toda sorte e para todos os gostos. Confesso que não simpatizei muito com você, mas há sempre aqueles que acham que a solução do mundo passa pela sua destruição. Compreendo o raciocínio. Parece que é mais fácil demolir uma casa e construir uma nova do que reformar. E a Terra parece uma casa difícil de ser renovada...

Como não há provas concretas da sua presença, acreditar no tão aclamado “Fim do Mundo” é uma questão de gosto, de estilo pessoal. Há aqueles que tentam se prevenir, encontrar uma saída, um bunker, uma caverna, um meio de sobreviver caso algo de mais grave advenha. Eu os admiro, mas faço humildemente a pergunta: O que conseguimos controlar realmente? Conservar-se sereno, atrelado a sua essência me parece o maior feito possível.

Os Maias dizem que estamos no “tempo do não-tempo”, entre um era e outra.  Pois eu acho que o ser humano vive “entre tempos” desde sempre: desconectado do momento presente, inconscientemente repetindo seu passado, desejando ou temendo um futuro que o assombra, perdido no viés de pensamentos confusos.

A ameaça iminente, a aniquilação com data marcada pode representar um aprendizado. Pois diante de um evento dessa magnitude a opção mesquinha e medrosa de adiar a vida perde todo o sentido. Que tal viver o presente integralmente? Que tal se perguntar sem mais pudores: Quando foi a última vez que dancei e ri desvairadamente?  Que sonho posso realizar agora? Que pessoas quero encontrar, abraçar? A quem quero expressar meu amor mais profundo? Que tipo de peso inútil (ressentimento, rancor, mágoa...) ainda conservo? E afinal, o que estou esperando para compreender, perdoar e viver mais leve?

Como disse o Dalai Lama: O que mais surpreende é o homem, pois perde a saúde para juntar dinheiro, depois perde o dinheiro para recuperar a saúde. Vive pensando ansiosamente no futuro, de tal forma que acaba por não viver nem o presente, nem o futuro. Vive como se nunca fosse morrer e morre como se nunca tivesse vivido”.

 

Caro Nibiru, que você venha ou que não venha, na verdade, não me importa. A lição da possibilidade da sua existência é clara. A vida é preciosa, é um dom, e como tal merece ser saboreada, vivenciada, agradecida AGORA. Todo resto é ilusão de mentes faladeiras.

Que você, eu e todos os seres de todos os mundos sejamos felizes.

Cordialmente.

Marise

 

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Curar, Curar-se

O Mestre reuniu à sua volta três mensageiros imateriais, um ser humano e representantes de outros seres que habitam o planeta. Olhou para a mulher e disse:
_"Você julgou ser melhor do que os outros, superior aos animais, às plantas, aos minerais. Você separou e segregou por causa da forma, da cor, das crenças. Você acreditou ter poder para tirar e manipular a vida do planeta. Olhe, agora e veja o que resta.

Uma cúpula de luz branca desceu sobre todos eles.

_"Você deve ser capaz de ver a Luz em todos os seres humanos."
_"Mas, Mestre, se eu apenas enxergar a Luz como vou me defender daqueles que podem representar uma ameaça? Como vou fazer uso da minha intuição."
_"Você usará sua intuição e saberá como distinguir, mas poderá ver em dois níveis. Aquilo que julga negativo, do qual deve se desviar e aquilo que emana no fundo de cada ser, além do seu comportamento, além do que faz. Deve enxergar os dois aspectos e ativar, conscientemente, a Luz. É preciso se alinhar com ela, principalmente quando houver sombras. Você é capaz de ver a Luz em cada ser humando, em cada ser?"
_"O que podemos fazer, Mestre, para ajudar?"
_"Imagine o Planeta Terra como se ele estivesse suspenso em um pedestal invisível. Imagine descer sobre ele uma luz dourada muito intensa. Ela penetra em todo o planeta e limpa rios, montanhas, entra no próprio núcleo da Terra e segue, iluminando tudo e todos que aqui estão. Imagine agora que todas as dores, os sofrimentos e os desvios aqui manifestados vão saindo sob a forma de uma substância escura. No momento em que essa substância sai da Terra ela desparece e cessa de existir. Agora, cada um deve fazer isso consigo mesmo. Imagine essa Luz que desce e limpa todo o seu interior, seus órgãos, sua imaterialidade. Tudo o que é desarmônico escorre para a Terra e a Luz que banha a Terra faz com que sua carga seja também eliminada. Alinhe-se com a Luz. Lembre-se: o amor é a maior força que existe."

Palestra com Stefano D'Anna

Deliciosa oportunidade de ouvir (e falar) com o autor do livro que me impressiona tanto. Deixo aqui algumas anotações, quase uma enumeração de tópicos, feitas após tê-lo ouvido. A ideia é registrar o que ficou na memória e deixar um apelo ao mestre Rodrigo e aos meus queridos colegas que também estiveram presentes: complementem, comentem, corrijam. Sem maiores pretensões (e sem maiores delongas) aqui vai o resumo:  

Os gregos estabeleciam a diferença entre as pessoas: os seres humanos comuns, cujas vidas não deixavam marcas duradouras e os heróis, seres mais próximos dos deuses que realizavam façanhas extraordinárias. 99,9% da humanidade vivem o sonho coletivo, de crescer, casar, constituir família, etc. e 0,1% têm uma vida baseada no Sonho. Essas pessoas têm um ideal, algo em que acreditam profundamente, que é mais importante que a própria vida, que vai além de si mesmo.

A integridade é um elemento fundamental na vida. Procuramos nos sentir inteiros, completos. Quando brindamos, encostando os copos e ouvindo o som, procuramos integrar os cinco sentidos, adicionando a audição aos já contemplados sentidos de visão, tato, paladar e olfato presentes no ato de se beber. Essa é uma busca constante. O ser humano almeja a completude. A universidade deveria ser o lugar onde a pessoa que se sabe incompleta vem para conseguir atingir a integridade. Ir para a universidade deveria significar caminhar para o Uno, ir para o Uno. A ideia de integridade também está presente na palavra religião (religare) que propõe estabelecer uma conexão com a origem, com o aspecto espiritual. Mas esse processo de se religar, de se completar não é feito coletivamente. Trata-se de uma caminhada individual. É o indivíduo através do sonho e do autodesenvolvimento que altera seu destino. Na medida em que se torna um “sonhador” e que emerge realizando aquilo que sonha, exerce uma influencia imensa no seu meio, na humanidade, no mundo. A cidade de Roma, feita para durar uma eternidade, tem como mito a história dos dois irmãos, Rômulo e Remo. Um deles desaparece, pois uma realização desse porte só pode ser originada de um sonho individual.
O ser humano comum vê os feitos excepcionais como algo que não está ao seu alcance. Somos levados a crer em limitações e nos tornamos reféns de crenças que estabelecem padrões de condutas restritivos. A crença em limites, na falta, faz com que as pessoas se sintam compelidas a se tornar “predadoras”, sem nenhuma consideração pela totalidade (integridade) da sociedade. Abandonar essas e outras correntes é um dos caminhos para ser íntegro. A solidão e o silêncio são também elementos importantes nessa trajetória. Sendo um processo profundamente interno não pode ser exatamente “ensinado”. É preciso que haja um despertar do sonhador, seja qual for o campo de seu interesse.

“We have to wake up the dreamers and let the dreamers do their magic.”

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

                                 SOL

Em Belém do Pará chove todo dia. Assim, os compromissos são marcados "antes ou depois da chuva". Muito simpático.
Comigo tem acontecido o mesmo, Quando posso, organizo minhas obrigações para "antes ou depois do sol." Eu explico: entre 15 e 18 horas minha varanda fica banhada de sol e não há nada mais agradável e necessário para mim neste momento do que ficar bem instalada na minha confortável chaise longue, tendo como companhia minha cadela, minhas plantas e um bom livro.
Magicamente, a conversa interna silencia, as preocupações cotidianas e a cobrança dos afazeres tratam de desaparecer.Tenho diante de mim a bela vista do horizonte e posso até distinguir cantos de três pássaros diferentes o que, convenhamos, é um privilégio para um habitante de São Paulo.
Estar lá, nesses minutos preciosos, é me dar o direito de simplesmente existir, respirar, ver, estar presente. Tão simples e ao mesmo tempo, tão esquecido por nós humanos trabalhadores que não paramos de nos movimentar e trabalhar e circular e levar e trazer filhos e ...
O Ser que está em nós e o Sol são da mesma família, a família da natureza, tão afastada de criaturas que andam sobre rodas em asfalto. E a natureza, seja lá sob qual forma, parece sempre dizer: "Lembre-se de quem você é. Lembre-se de quem você é".
E eu estou lembrando a cada dia em que me permito estar sob o sol.